quinta-feira, 3 de março de 2016

Primeiro risco de morte é nascer!






Paralisia obstétrica ou paralisia do plexo braquial é percebida pela família poucos dias após o nascimento.
A mãe percebe que a criança não mexe ou mexe muito pouco um braço!
Acontece por estiramento do plexo braquial no momento do parto, mais comum nos partos normais.
O plexo braquial é o responsável pelos movimentos do braço, possuímos 2 plexos um de cada lado ( esquerdo e direito ).
É importante que a família seja encaminhada ao neurologista rápido, pois os resultados serão melhores quando iniciamos o tratamento no 1 mês de vida.
Com fisioterapia, mobilização do braço e orientações conseguimos uma boa resposta.
Quero lembrar a todos que nosso primeiro grande risco de morte acontece justamente no momento do nascimento.
O médico precisa retirar a criança rapidamente, pois a falta de oxigênio produzirá Paralisia Cerebral ou morte do recém nascido.
Essa criança que durante toda a gestação recebeu oxigênio por meio do cordão umbilical precisará assumir seu papel respiratório de imediato.
Essa transição ocorre de forma abrupta, e a importância do pediatra neonatal na sala de parto é fundamental.
Caso essa criança não consiga assumir essa função respiratória de pronto, o pediatra usará meios ventilatórios auxiliares  prevenindo sequelas neurológicas graves.
O plexo braquial se encontra na região do pescoço, por isso ao movimentar a cabeça da criança para a retirada de seu corpo no momento do parto pode haver o estiramento do plexo.
Infelizmente no passado encontramos lesões mais graves de plexo, por laceração.
Com a melhora do pré natal e indicação de cesárea em casos considerados inadequados ao parto normal, houve um decréscimo importante dessa patologia.

Dra. Cristine Aguiar
Neuropediatra


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