A criança deve viver com o minimo de restrições.
Não retiramos a criança da educação física das escolas, com exceção da natação.
O exercício não produzirá crises, e não queremos alimentar a ideia de que essas crianças são doentes.
A natação é evitada, porque aumenta o risco! Caso a criança tenha crise que não seja percebida, poderá se afogar!
Mas na medida do possível tentamos manter a criança com sua vida dentro dos padrões de sua idade.
O preconceito em relação a epilepsia deve ser combatido, e as crianças que possuem crises convulsivas devem conviver da melhor forma com a doença.
O uso da doença para ganho de regalias cria um problema emocional!
Alguns mitos foram criados:
Não aborreça a criança!
Não pode brigar!
Não pode exigir comportamento!
Não pode exigir na escola!
Se a criança possui retardo mental associado a epilepsia esse tratamento diferenciado pode ser justificado, mas numa criança de inteligência normal essa conduta provocará um ganho secundário.
Ou seja, ela ganho tratamento diferenciado por ter a doença, portanto ela quer ter a doença!
Infelizmente isso existe, é comum no consultório!
Neste estado emocional podem aparecer pseudo crises, crises falsas!
As pseudo crises são de difícil diagnóstico, porque o paciente possui epilepsia, só com o passar do tempo começamos a suspeitar.
Já tive casos onde a doença foi curada, mas as crises falsas persistiram!
Precisamos falar que isso existe, mas cada caso deve ser observado e avaliado!
Este diagnóstico é bem difícil, e considero de exclusão.
Trate seu filho o mais próximo da normalidade, evitando apenas situações onde ele seja colocado em risco. Superproteção não vai ajudá-lo!
Podemos viver com epilepsia, sim!
Dra. Cristine Aguiar
Neuropediatra
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