segunda-feira, 23 de maio de 2016

Perigos em casa!





Falar sobre acidentes domésticos sempre é importante!
Na nossa casa existem verdadeiras armadilhas para as crianças pequenas.
Os pais devem percorrem a casa com o olhar investigativo, como se fossem crianças.
Existem locais clássicos, como as tomadas que devem receber protetores, mas e os aparelhos ligados na tomada. Como fazer?
Ferro, TV, DVD,Telefone sem fio e etc...
Se este aparelhos precisam ficar ligados na tomada, esta tomada deveria estar fora do alcance de crianças.
A curiosidade da infância faz com que a criança segure e puxe o fio.
Fique atenta a tudo ligado a eletricidade!
Outros perigos estão na cozinha e área de serviço, eu oriento o uso de portões isolando estes ambientes! São muitos os riscos!
Na figura, a criança entrou na máquina de lavar, brincadeira inocente! Mas que pode levar até a morte!
A porta do forno é outro grande risco, quente propicia o risco de queimadura e fria o risco de traumas.
Muitas crianças tentam abrir ou mesmo subir na tampa do forno depois de aberta, com isso o fogão vira por cima da criança.
Baldes contendo água podem ser outra armadilha, criança pequena pode se afogar em baldes contendo cerca de 50cm de líquidos.
Toalhas por cima de mesa são atrativas para a criança que engatinha puxar. Se houver algo na mesa, tudo cairá por cima da criança.
Não arrisque em dar a  uvas, castanha, amendoim a crianças pequenas. Estes alimentos só podem ser dados processados, cortados! O risco de engasgo é muito alto.
Não estou falando em brinquedos, pois considero que o uso de brinquedos que soltam peças já foi muito bem discutido na mídia.
Portas e gavetas podem esmagar os dedos de crianças, quem tem criança em casa deve usar protetores em portas e gavetas. Ou que evitem a abertura ou que evitem o fechamento, conforme for o caso.
Cuidado dobrado com remédios, a industria farmacêutica melhorou muito o sabor dos remédios.
Atualmente a criança gosta do remédio, se encontrar pode tomá-lo em quantidades.
Criança é curiosa, é ativa, não adquiriu experiência suficiente para ter medo de nada. Não é confiável!
Devemos proporcionar aos nossos filhos lugar seguro e adequado para que ele possa descobrir o mundo, porém com segurança.

Dra. Cristine Aguiar
Neuropediatra

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Desautorizar? Isso, não pode!






É muito comum ouvir das mães que o pai ou a avó atrapalham a educação!
É uma verdade, mas precisamos esclarecer que discordar pode! Mas desautorizar não!
Culturalmente a mãe fica com o duro papel de educar os filhos, de ser quem fala não!
Os pais no passado não se metiam em nada, atualmente interferem mas não costumam querer pagar o ônus deste papel.
A educação te exige ser dura, falar não para inúmeras coisas do dia a dia.
Sempre falo que na educação não existe cartilha, não existe nada do tipo: Quando seu filho fizer isso, você faz isso!
O bom senso será seu maior aliado!
A criança é esperta, logo vai perceber as opiniões divergentes.
E começa a colocar uns contra ou outros.
Nunca desautorize!
Os pais precisam definir juntos quais os limites que querem ensinar aos filhos, pois ambos são responsáveis pela educação.
Num casal sempre haverá um mais maleável! É normal, o que não pode acontecer é a criança manipular este.
Temos que agir como um só, mesmo discordando ocasionalmente.
Não comente para pedir apoio!
Não permita que estas situações constrangedoras exponha sua família, ou mesmo o casal para opinião pública.
Este assunto é familiar!
A escola terá um papel de auxiliar em algumas situações. Mas que fique claro, a escola não possui o papel principal na educação de seus filhos.
Durante este processo vocês terão que conviver com a opinião dos parentes mais próximos ( avós), saiba escutar! Mas não discuta!
Deve ficar claro quem são os responsáveis, quem decidiu os limites impostos.
A criança fica confusa no meio de tantas opiniões, "aqui pode", "mas vovó deixa".
Como colocar limites, se estes limites não são claros?
A vovó pode não gostar mas não pode tirar do castigo!
Já viu a confusão?
Evite expor sua decisão!
Quando inevitável, tente não ceder! Lembrem que os avós amam os netos, apenas a idade os deixa com muita pena de seus netinhos.



                                                                                           Texto: Dra. Cristine Aguiar
                                                                                                        Neuropediatra




quarta-feira, 11 de maio de 2016

Birra! É normal?






Birra!!!
Expressão infantil à um desejo frustado!

Na verdade, a birra é normal numa época da vida da criança.
Quando começamos a impor os limites a criança terá seu desejo frustrado. É bom?
Se você frustrar o desejo de um individuo e ele se mantiver inalterado?
Seria normal?
O ser humano possui desejos e vontades.  Se você gostar de ser frustrado, teria uma alteração patológica do seu emocional.
Gostar de ser repreendido? Gostar de ter sua vontade negada?
Isso sim, seria anormal!
O que precisamos é aprender a lidar com nossas frustrações, o que é difícil para todos.
Esperamos que os adultos tenham aprendido a lidar com seus sentimentos de forma adequada, e portanto aprenderam a lidar com suas derrotas.
Os pais devem estar preparados que a criança não vai aceitar o não de forma pacífica, ela vai chorar. O choro é a expressão do seu emocional diante do desejo não realizado.
Isso é normal!
Agora quando a criança tem seu desejo negado e ao realizar a birra consegue realizar o mesmo desejo, temos um comportamento inadequado sendo reforçado, alimentado.
Costuma-se falar na neurologia e psicologia que a maioria dos comportamentos inadequados só persistem se forem alimentados.
A criança tem um raciocínio simplificado das coisas, se ao chorar e gritar ela conseguiu o que queria, deverá repetir esse ato em outra ocasião semelhante.
A criança não consegue entender porque ela pode fazer algo em casa, mas não pode em outro lugar.
Portanto as regras devem ser claras, se não pode ? Não pode!
Nem em casa, nem na avó, nem na loja, nem no restaurante!
Fica mais fácil a compreensão do limite se este não mudar.
Quem nunca passou pelo constrangimento de uma birra ?
Você que sair da situação o mais rápido possível, e neste momentos dá o que a criança quer para ela parar.
Infelizmente péssima estratégia, você acaba de mostrar  seu ponto fraco.
As regras devem ser impostas de forma coerente, para você conseguir ensinar o que é certo, e o que é errado ao seu filho.
Desta forma os limites terão uma certa resistência natural, porém acabam por serem aceitos.

Este é o papel da família, ensinar!
Você vai ensinar ao seu filho valores no futuro! Mas agora você vai ensinar a dividir o brinquedo, a não bater no colega, a sair do pula pula quando você chamá-lo.

Quem foi que te disse que educar seria fácil?






                                                                                            Dra. Cristine Aguiar
                                                                                              Neuropediatra


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Como você segura se bebê?




A forma que você segura seu bebê pode causar escoliose!
Você sabia?
A posição mais comum de segurar bebês é esta da figura ao lado.
Porém está forma pode ser usada em crianças quando as crianças  já tenham algum controle de tronco.
Se você segura o seu bebê assim, mas ele fica com a coluna torta, esses ossos podem adquirir este novo formato.
Crianças prematuras ou hipotônicas costumam ter sua coluna desviada pelo simples ato de segurá-los de forma inadequada.
Existe uma musculatura ao lado da coluna que estabiliza e impede o desvio do eixo da coluna.
O problema está quando esta musculatura está fraca.
Nos prematuros, por exemplo essa força muscular vai aparecer em idades um pouco mais tarde.
Temos que respeitar os limites do corpo!
Ao segurar a criança desta forma se olhe no espelho. Confira se a criança está com a coluna reta.
Se estiver torta, tipo pendendo para algum lado. Mude a forma de segurá-lo!
O importante é que tente manter a coluna no eixo, não segure a criança por muito tempo torta em relação ao tronco.

Use o bebê conforto quando precisar levar a criança a algum lugar como consultas de rotina, visitas aos avós e etc...
Nele a criança deve estar alinhada, com coluna retificada. Prevenindo deformidades.

Evite deformidade de coluna, evitando posturas inadequadas.

Crianças neurológicas costumam ter desvio de coluna graves, pois demoraram muito para adquirir o controle do tronco. Enquanto isto eram levadas para todo canto no colo.
Sem orientação, da forma mais usual e prática para as mães.

Observe sempre o tronco, ele deve estar retificado na maior parte do tempo.

 Enquanto pequenos podemos segurá-los colocando sua coluna de encontro ao nosso tronco, imitando uma cadeirinha. A criança fica olhando para frente, de costas para quem segura.
Essa posição mantém a coluna ereta e retificada, porém em crianças maiores o peso impossibilita essa postura.

A prevenção sempre é o melhor!
 O tratamento para escoliose pode necessitar de cirurgia.

E cirurgia de coluna costuma ser procedimento longo, com risco cirúrgico de sangramento elevado.
Além de ter um pós operatório complicado em crianças.

Dra. Cristine Aguiar
Neuropediatra

terça-feira, 3 de maio de 2016

Síndrome de Gilles de la Tourette! Você conhece?







Os tiques são motivos comuns de consulta na neuropediatria.
Normalmente não recebemos os tiques simples, pois somem espontaneamente causando pouco constrangimento.
Já os tiques complexos e a Sd. de Gilles de la Tourette, devido ao seu impacto social são a maior parte dos pacientes que procuram ajuda.
Os sintomas são de tiques motores e/ou vocais que surgem por volta dos 5 anos, numa frequência muito alta que chamam a atenção e provocam o constrangimento.
O diagnóstico é clinico, não existe alterações em exames.
Chamamos de tiques vocais quando existe a produção de som, pode ser por pigarro, arranhado de garganta ou mesmo pronunciar uma palavra repetidamente.
A Síndrome de Gilles de la Tourette causa muito prejuízo social a criança, pois costuma ser ridicularizada.
Não possui cura e pode durar a vida inteira, por isso o tratamento é aconselhado.
Está criança costuma evitar situações que fique em foco, tipo apresentações na escola.
É comum tentarem disfarçar os tiques completando o movimento, passam a mão no cabelo para disfarçar o tique de ombro por exemplo.
Não existe prejuízo real ao cérebro, mas as consequências emocionais podem gerar isolamento, depressão, além de instabilidade emocional com surtos de agressividade.
A resposta ao tratamento é bom, conseguimos reduzir significativamente os tiques.
Sempre ajusto a medicação com o auxilio da criança, pergunto para ela se os tiques estão incomodando e se as outras crianças percebem.
As crianças costumam aceitar bem o tratamento e ainda ajudar. Sabem pontuar claramente se os outros percebem ou não seus tiques.

Dra. Cristine Aguiar
         Neuropediatra