quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Perda do apetite! Formação do paladar!






O bebê aceita muito bem as sopinhas e papinhas no início da alimentação.
Por isso é comum o relato das mães que a criança comia de tudo no primeiro ano de vida.
Os problemas costumam surgir no segundo ano!
A criança começa a não aceitar algumas frutas e sopinhas que tinham por ela ótima aceitação.

Este período é normal, fisiológico! Faz parte do desenvolvimento infantil do paladar, mas torna-se um problema e motivo de angústia para as mães.

As mães possuem um lado muito emocional com a relação à comida, se a criança não aceita o que elas oferecem parece até pessoal.

Exite uma satisfação em dar o alimento e ele ser bem recebido. Não precisa ser um alimento saudável para gerar essa satisfação. Por isso que falo que o lado emocional está muito forte na aceitação e na rejeição.
Acho que o bom senso devia direcionar mais este assunto.
Sabendo que esta fase da vida cursa com uma queda de apetite, as mães deviam ficar mais tranquilas para poder passar pela fase com menos angústia.

Deveriam ser orientadas pelo pediatra ou nutricionistas para esta fase, e os perigos de iniciarem um erro alimentar nas crianças por falta de orientação técnica.

Mesmo com aceitação baixa a criança deve ter todos os alimentos oferecidos, não repetir apenas os alimentos de melhor aceitação.

Se você levar em conta apenas a aceitação da criança, vai ter uma alimentação muito limitada e difícil retorno a normalidade no final desta fase.

O paladar está em formação, alguns sabores não serão agradáveis inicialmente. Se oferecidos terão seu sabor reconhecido e aceito. Se não mais oferecido serão esquecidos na memória gustativa.

Por regra pede-se que não se substitua alimentos, caso a criança não aceite um alimento a troca não deve ser imediata.

A dieta ideal para todos nós é uma dieta balanceada, sortida de vários alimentos.


Tentem segurar a ansiedade para não cair nas pegadinhas do desenvolvimento infantil.
Nesta fase o lado emocional da criança se torna também mais forte, e quer escolher o que gosta de comer!

Mas escolhem apenas pelo sabor, sem nenhum critério nutricional é claro!
São crianças!
E não adianta explicar valor nutricional de alimentos a crianças de 1ano e pouco.

Se as mães permitirem as crianças vão escolher a dieta, e depois as carências nutricionais aparecem!
No final dos 2 anos de vida é comum a queixa    “ Meu filho não come nada!”

Frase não verdadeira! Se você for investigar, ele come tudo que quer! Ele escolheu o que gosta, e a mãe não consegue mais introduzir novos alimentos.

Ele começou a selecionar os alimentos e a mãe não percebeu e caiu nesta pegadinha.
Não caia neste erro comum por insegurança ou angústia, lembrem-se é uma queda natural do apetite!

É uma fase mais difícil na alimentação, mas vai passar!

Se você souber conduzir de forma razoável a criança terá uma alimentação sem grandes restrições para o resto da sua vida.

Dra. Cristine Aguiar
Neuropediatra

Nenhum comentário:

Postar um comentário