sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Porque o EEG muda?



 


Essa foi uma questão levantada por uma mãe no grupo" Mãe da Epilepsia".
Ao perceber esse tipo de dúvida por parte das mães percebi a necessidade desse blog, espero poder ajudar com meu texto.

O EEG ( eletroencefalograma ) é o estudo das ondas cerebrais. Esses traçados de EEG, que coloquei ilustrando, de forma simplificada são traçados de ondas cerebrais.
Esse exame é fundamental nos casos de epilepsia, pois a origem das crises está na alteração de ondas cerebrais.

Qualquer pessoa ao olhar esse exame vai ver como  estranho esse "rabiscos".
Esses "rabiscos
" são uma ciência.                                                                      
O neurologista estuda para entender as alterações do EEG, se especializa para entender essas alterações.
 Não é um exame de fácil interpretação.
Não tenho a intenção de explicar as alterações com esse texto.
Tenho o objetivo de explicar algumas particularidades do exame.
Vamos lá!  
                                                 
 Onda, onda cerebral. Percebe? Algo que muda continuamente como água corrente.
Costumo explicar o EEG comparando a um rio.
Se eu quiser examinar a água de um rio, poderia examinar toda a água do rio?
Claro que não, a água que esta passando aqui é diferente a cada minuto. A água que examinei já esta lá na frente.
Mas eu tenho como examinar esse rio com amostras dessa água.
Eu preciso de várias amostras colhidas em tempos diferentes, quanto maior o número de amostras maior será minha credibilidade.
ostras maior será minha credibilidade.                                                                                                                                                                                                                                        
Da mesma forma o neurologista examina as ondas cerebrais !
Cada EEG é uma amostra de ondas cerebrais.
O conjunto dessas amostras vai dar condições de concluir como é o padrão das ondas cerebrais dessa pessoa e da alteração que ela possui no momento.

Entendam que as ondas mudam com a idade, a criança está num processo de desenvolvimento cerebral. Estudamos algo que na normalidade já muda, as alterações vão mudar também, se transformar.
Quem tem epilepsia realiza frequentemente EEG, porque precisamos avaliar o tratamento.
Avaliar o que está dando certo e o que não está dando certo, com crises ou sem crises.
Mas se a criança está com crises o neurologista pede mais frequentemente o exame.

Dra. Cristine Aguiar
Neuropediatra






2 comentários:

  1. Parabéns pela iniciativa. São ações assim que tornam o nosso mundo "mães da epilepsia" mais claros de compreender.

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  2. Cada fase um desafio, fico atenta, minha filha teve anoxia,epilepsia secundaria, toma anticolvulsivos mas é de dificil controle, agora completou 14 anos e as mudanças estão mexendo com ela. Otimo ter um blog para troca de experiencia e informação parabéns.

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