segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Depressão na Infância




A depressão, como diversas outras doenças tidas como de adultos, existe na criança.

A família deve estar atenta para perceber a diferença entre uma tristeza passageira do quadro prolongado de tristeza que pode ser depressão.
A criança possui grande labilidade emocional, ainda apresenta episódios de  extremos de tristeza para gargalhadas de alegria em pouco tempo.
Parece estranho, mas é o normal para crianças pequenas. Conforme vão crescendo esta labilidade tende a diminuir.
A atenção deve ser para aquela criança que parece sempre triste, pouco motivada para brincar, sem ânimo para descobrir a vida.
Normalmente a criança coloca esse sentimento para fora, falando que a boneca está triste.
Tristeza não combina com criança, birra sim.
Mas a birra é momentânea, se resolve. Depois a criança esquece, volta a brincar.
Na depressão não, a criança parece doente, fraca, sonolenta, calada.
A família não pensa em depressão, acha que não existe isso na infância.
Infelizmente existe! E infelizmente é a primeira causa de morte em crianças maiores de 4 anos.
Assustador!
Nesta idade a criança não tem noção exata da morte, ela na verdade não quer morrer. Ela quer acabar com a tristeza e descobre a morte. Porém de forma fantasiosa.
Não se deve ter medo, e sim atenção ao caso.
Se a criança fala em morrer, melhor pedir ajuda!
Profissional neurologista ou psiquiatra infantil vão avaliar e te orientar se o caso tem ou não valor.
Mas não menospreze o fato, nem tenha medo de falar sobre o assunto.
Não pense que ao impor limites você vai causar uma depressão, não!
A criança ao ser frustada de sua vontade vai apresentar uma reação de birra ou tristeza, mas momentânea.
 E isso é necessário, a criança precisa crescer, aceitar limites, aprender a lidar com frustrações.
Faz parte do processo de desenvolvimento de personalidade, fortalecimento emocional.
Muitos casos de depressão possuem história familiar e bases reconhecidas pela psiquiatria.

A depressão também é considerada comorbidade do TDAH, pois apresenta maior incidência nesta patologias em relação a população geral.

O que todos queremos é ser Feliz!
As crianças também!

Dra. Cristine Aguiar
Neuropediatra

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