segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Alergia aos anticonvulsivantes!




Podemos encontrar alergia com o uso de qualquer medicamento.
As alergias não podem ser previstas.
Só ao entrar em contato com o medicamento vamos descobrir casos de alergias.
Então no caso dos anticonvulsivantes existe a possibilidade de alergias.
Na grande maioria da vezes a criança nunca fez uso de anticonvulsivantes, por isso não possui história de alergia ao ser prescrito.
No caso dos anticonvulsivantes em especial, podemos ter reações alérgicas banais mais também reações severas.
Por isso o cuidado de suspender a medicação ao sinal de reações alérgicas.
Existem casos muito graves de alergias que iniciam com sinais muito parecidos com os da conjuntivite, apenas olhos vermelhos e com lacrimejamento.
Se houve a pouco tempo o inicio de um anticonvulsivante, este sintoma deve ser passado ao neurologista ou ao pediatra.
A reação de Stevens Johnson costuma atingir as conjuntivas, podendo também  afetar as mucosas da vagina e ânus. Com consequências graves e irreversíveis.
Esta reação do sistema imunológico já foi descrita com o uso de medicações banais da pediatria, mas por ter  maior número de casos relacionados aos anticonvulsivantes vale a pena ressaltar os casos da neuropediatria.
É uma reação de maiores proporções que não se restringe a pele, acomete a mucosa em associação a pele. Formam-se verdadeiras bolhas que evoluem para feridas na pele, boca, vagina e ânus.
É necessário a suspensão imediata do anticonvulsivante, e o uso de corticoides para debelar a reação.
Normalmente exige internação!
Apenas 10% das Síndromes de Stevens-Johnson são leves. Entre 30 a 60% evoluem para casos graves. O diagnóstico tardio eleva a risco de vida elevado.
Paciente que tiveram este tipo de reação alérgica ficam com marcas, sequelas irreversíveis.
Por isso o medo deste tipo de reação alérgica.
Portanto em casos de suspeita de alergia, comunique-se com seu médico!

Dra. Cristine Aguiar
Neuropediatra

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