segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Por que realizar EEG na suspeita de TEA?

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A realização de EEG (eletroencefalograma) deve fazer parte da investigação dos casos suspeitos de autismo ou TEA.
Muitos pais são resistentes a realização deste exame por não entenderem o motivo, além da necessidade de ser realizado no sono.
Pois bem, é necessário e importante!
O EEG poderá vir normal, mesmo assim este dado será importante.
O EEG não é igual em todos os lugares, houve grande avanço nos últimos anos. ainda existem no mercado clínicas usando máquinas ultrapassadas que deixam passar alterações importantes.
Além da qualidade técnica, o EEG deve ser laudado por profissional capacitado para tal função.
A qualidade do exame mantém restrita relação com a qualidade do diagnóstico!
Na dúvida, peça indicação ao seu neurologista.
Tendo um exame de EEG de boa qualidade em mãos seu neuropediatra pode descartar ou confirmar diagnóstico diferencial para o TEA.
Existem algumas doenças de base orgânica, classificadas como epilepsia que produzem perda progressiva da fala e distúrbios de comportamento facilmente confundidos com TEA.
Além disso, temos trabalhos científicos mostrando que por volta de 70% dos paciente com TEA possuem alterações do EEG.
Caso sejam diagnosticadas alterações de EEG, devem ser tratadas com anticonvulsivantes.
O tratamento na grande maioria das vezes melhora o distúrbio de comportamento, e nos casos específicos (Síndrome de Landau- Kleffener) melhora também a fala.
Portanto, a realização do EEG pode definir a necessidade ou não de medicação anticonvulsivante.
O diagnóstico da Síndrome de Landau-Kleffner (SLK) é impossível sem a realização de EEG.
Nesta síndrome epiléptica existe a perda progressiva da fala e a deterioração do comportamento normal.
Sempre falo que EEG para neurologista é o mesmo que hemograma para pediatra!

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